terça-feira, abril 17, 2007

Na oligarquia dos meus sonhos
o primogénito (que é também o derradeiro)
sulca profundamente o mar interior,
desenha um mapa ínfimo de dor,
de mim. É meu o mar, meu o sinal
e minha é a dor.

sexta-feira, abril 13, 2007

Aqui,
onde não há eco
não há júbilo
não há cor
não há palavras,

aqui
na mais alta profundeza
do sentir,
(sinto): penso,

apago a dor.
(interlúdio de um início:

quando a nuvem da memória tolda a visão
do ouro que imaginaste
subsiste uma flor que impõe o ritmo
da lívida poesia.
é uma obscura engrenagem
simétrica
indefectível
movida pelo vinho da obstinação.