segunda-feira, maio 28, 2007

Oblíqua dúvida se instala
no patamar urgente
da palavra: que símbolo
que signo que sinal
vem agora com gumes
e fios de azedume
ferir a serenidade negra
da razão
ubíqua?

sexta-feira, maio 04, 2007

Na interminável noite do poema
o dia se retarda
adiado em versos tais
que as almas choram
desesperadas por um fado, uma álgida
álgebra de dor, de angústia, de
poemas da minha vida.
E bebo a luz das estrelas
a parca luz
da treva
e do (meu) silêncio.
Ser silente
(sou) na bruma das palavras:
paciente,
aguardo a minha hora
que será
a mais bela melodia
do mais belo
cisne.